Arraiá de Santo Antônio

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A comunidade da Matriz de Santo Antônio de Sinop realizou o Arraiá de Santo Antônio nos dias 20-21 de agosto de 2022, com a participação efetiva das lideranças das comunidades, com o envolvimento das famílias e com a presença de muita gente. Uma festa graciosa e maravilhosa sem o registro de qualquer tipo de excesso e/ou de extravagância. Uma experiência de confraternização, de encontro e de alegria compartilhada em família e como família. Aliás esta é a marca registrada deste conspícuo evento. Importa, pois, manter acesa esta bela tradição.   

Vínhamos caminhando no compasso de espera por causa dois anos de flagelo da pandemia. Havia grande expectativa por este momento tão importante para a vida da comunidade paroquial. Sem dúvida, a festa tem a magia, ainda que momentaneamente, de suspender o nem sempre prazeroso dia a dia (rotina) e o tempo cronológico. É como se, por um lapso de tempo, participássemos da eternidade, pois na festa o tedioso tempo dos relógios parece ficar entre parêntesis. 

Segundo o conhecido teólogo, Leonardo Boff, “a festa é um fenômeno da riqueza que não significa possuir dinheiro. A riqueza da festa é a riqueza da razão cordial, da alegria, de mostrar um sonho de fraternidade ilimitada” onde pessoas de todas as idades se misturam e, juntas, se confraternizam e se divertem. “A festa é a exaltação de que podemos ser alegres e felizes, apesar dos pesares”. Torna-se tempo favorável para rever e reencontrar pessoas queridas, conversar e soprar as brasas da memória, além de compartilhar bebidas e comidas típicas da festa.   


A festa não é um só um dia dos homens, mas também “um dia que o Senhor fez” como diz o Salmo 117,24. Festar é celebrar a alegria de viver em comunidade e na gratuidade. Efetivamente, se “viver é perigoso” como dizia o poeta mineiro, Guimarães Rosa, precisamos, de vez em quando, parar para respirar e, renovados, seguir adiante. Poder se encontrar com os irmãos e irmãs de caminhada e saber festejar com os amigos/as se apresenta como excelente antídoto para “não deixar a vida nos levar” para o abismo do nada.   


Feliz é quem encontra motivos para celebrar, para festejar e estar com as pessoas. Quem não ama nada ou ninguém, não pode se alegrar, mesmo que angustiadamente suspire pelo amor. A festa mobiliza e desperta forças adormecidas. É importante sublinhar que no planejamento e na realização de um evento festivo vê-se o talento e a criatividade das pessoas. É o amor posto em movimento em prol da comunidade. É o lugar para se conferir a relevância da máxima evangélica: “maior é aquele que serve” (cf. Mc 10,45). A fructibus eorum cognoscetis eos (“é pelos frutos que se conhece a árvore”).


O salmista, embevecido e agradecido, celebra o “milagre” da união de corações: “Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce sobre a gola de suas vestes. Como o orvalho de Hermon, que desce sobre os Montes de Sião, porque ali o senhor ordena a benção e a vida para sempre” (cf. Sl 133). Assim procedendo damos visibilidade ao desejo de Jesus ao ensinar a oração do Pai Nosso: vivermos como irmãos e irmãs. 


É justo e necessário agradecer a Deus que, sob o patrocínio do nosso querido padroeiro, Santo Antônio, possibilitou a todos nós momentos tão densos, singelos e significativos de comunhão e de participação. Agradecemos outrossim todos aqueles/as que, gratuita e generosamente, colaboraram com doações e/ou trabalhando com notável bravura e entusiasmo nas várias frentes para que tudo acontecesse na paz e em sinergia com o Espírito que anima o coração da Igreja de Deus. Foi o que aconteceu. Deus seja louvado.

 
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