Celebração da Paixão do Senhor

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A antífona do Missal nos introduz à grandeza e à profundidade espiritual dos eventos evocados na Sexta-feira Santa: “Hoje recordamos a Paixão e morte de Cristo, evidenciando a força transformadora da Cruz. No silêncio deste dia, contemplamos o mistério do amor. Ajoelhemo-nos e, com profundo respeito e silêncio acompanhemos a Celebração da Paixão do Senhor”.

A Sexta-feira Santa é o único dia do ano em que a Igreja não celebra Missa, predomina nesse dia o silêncio e a reflexão, data em que os cristãos recordam a crucificação e morte de Jesus. O Filho eterno do Pai que se fez homem “em tudo semelhante aos homens, exceto o pecado” morreu por amor a nós. 

Ele veio habitar entre nós, porém foi rechaçado como se fosse um traste. Para que os desígnios do Pai se cumprissem era preciso que Jesus fosse até o fim na sua indelegável missão. Nosso Senhor mergulhou nos abismos da maldade humana, até onde não existe mais nada, até onde o silêncio de Deus parece ser a única resposta, onde, por absoluto desespero, os homens teriam escapado da presença de Deus. 

Na comunidade Matriz da Paróquia Santo Antônio a celebração ocorreu, como soe acontecer em todas as igrejas, às 15h. Por causa da chuva não foi realizada a procissão pelas ruas da cidade, mas no interior da própria Igreja, apinhada de fiéis. Tudo foi devidamente preparado (“plano B”) com a imagem do Senhor Morto acompanhado da imagem da Mãe, Nossa Senhora da Dores. Após a meditação das Sete Palavras pronunciadas por Jesus na cruz, foi proporcionado aos fiéis a possibilidade de um profundo momento de oração pessoal (vigília) diante do Senhor morto, até as 22h40. 

Pe. Roberto J. Gottardo,SJ, em sua fala sublinhou que o maior problema causado por Jesus para os líderes religiosos e causa de sua condenação e morte, era que Jesus libertava as pessoas das amarras da ignorância e da alienação. “Efetivamente, não há nada de mais perigoso para instituições, notadamente as religiosas, acostumadas a explorar os fiéis, que a liberdade: um homem livre não se deixa manipular. Um homem livre é como o vento: nada consegue detê-lo. Por isso, Jesus se tornou uma persona non grata que deveria ser silenciada com a morte. Entretanto, os inimigos de Jesus não contavam que o Pai confirmaria a missão do Filho, implodindo o sepulcro e ressuscitando-o, destruindo o poder das trevas”. 

 
 
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